Long Day's Journey into Night (2018)

 
Long Day's Journey into Night (O'Neill, 1956)
Desconhecia este clássico da dramaturgia americana, terminado em 1942, criado em 1956 na Suécia e na Broadway, mas conhecia a sua sequela, criada em 1957, A Moon for the Misbegotten. Nenhuma das duas produções me fez amar O'Neill como aconteceu com uma peça de Ibsen que vi na semana passada e que me seduziu inteiramente. A produção de Long Day a que assisti esta semana tem atributos mais do que impressionantes: Jeremy Irons e Lesley Manville nos protagonistas, Richard Eyre na direção. Peça demasiado longa (mais de três horas), com uma segunda parte repetitiva. Mas todos os atores são bons e transmitem bem o desespero generalizado em que caiu esta família americana que tinha tudo para ser modelar. Um pater familias (James Tyrone) com um passado glorioso no teatro sério, uma esposa e mãe carinhosa e muito bela. O amor entre os dois esposos é evidente, mas o que falhou ali? A forretice de James Tyrone e a evidente insegurança e frustração de Mary Tyrone dominam as suas máscaras e o destino dos dois filhos nada ajudam à situação: Jamie Tyrone não tem perspetivas de emprego estável e muito menos de ser bem sucedido como o pai, e Edmund tem o futuro próximo assegurado num sanatório para tuberculosos. Mary refugia-se na morfina, o marido e os rapazes na bebida. Mas acima de tudo o que os une é o amor familiar, ninguém quer desertar do ninho, quando muito agridem-se com amor. Londres 02.2018 Wyhndham's Theatre 4/5
Richard Eyre (encenação)
com
Jeremy Irons (James Tyrone)
Lesley Manville (Mary Tyrone)
Rory Keenan ("Jamie" Tyrone) 
Matthew Beard (Edmund)
Jessica Regan (Cathleen)

Cairn (Enzo Corman, 1997)

CAIRN (2003) Les Éditions de Minuit 2003 Leituras 2025