O Dia do Juízo (Der jüngste Tag, 1937) foi escrita em plena ascensão do nazismo, quando o poder se empenhava em eliminar certas categorias de indivíduos (comunistas, judeus...) e proliferavam os discursos, formais e do senso comum que comungavam tal política do ódio. A peça fala dessa realidade, lembrando os filmes de Fritz Lang, outro alemão contemporâneo do dramaturgo germano-húngaro, que tratou nos seus filmes da multidão à procura de um culpado e da justiça feita sem provas. Vi agora a versão de O Dia do Juízo de Cristina Carvalhal (estreada em 2019 no Teatro São Luiz, em Lisboa), reposta no Teatro Carlos Alberto, no Porto. Com Carlos Malvarez, Cucha Carvalheiro, Eduardo Frazão, Ivo Alexandre, Júlia Valente, Manuela Couto, Paulo Pinto, Pedro Lacerda. Porto 02.2020 TCA 4/5