LE MISANTHROPE (1660)

Paris 09.2022 TNO

Tinha visto esta peça no ano passado no Porto, em português, e preferi sem dúvida essa produção à que vi hoje, na Comédie-Française, encenada por Clément Hervieu-Léger. Muito por culpa da dificuldade em compreender integralmente as falas em francês. Essa dificuldade impede a concentração numa das peças mais difíceis de Molière. Paris 01.2017 Comédie-Française  2,5/5
 
Gostei muito do Misantropo com pronúncia do Norte que o Teatro de São João propôs. A peça de Molière vê a sua atualidade confirmada com a modernização que o encenador Nuno Cardoso fez ao texto seiscentista francês. O salão mundano do argumento original passa a um salão onde reina a música disco. Mas os problemas da reputação da elite e a misantropia justificada do protagonista perante uma sociedade baseada na bajulação inter-pares cabem que nem uma luva no nosso presente facebookiano. À parte o vocativo majestático e a estrutura clássica da linguagem de Molière, a língua do escritor passa bem a prova do tempo e a prova dos novos (muitos adolescentes na platéia). Porto 04.2016 TNSJ 4/5 

Cairn (Enzo Corman, 1997)

CAIRN (2003) Les Éditions de Minuit 2003 Leituras 2025