Il ne faut jurer de rien (Musset, 1836)

Alfred de Musset é um dramaturgo estudado nas escolas francesas e um dos mais representados na Comédie-Française, logo a seguir a pesos-pesados como Molière. Vendo ontem a peça "Il ne faut jurer de rien" (1836), pensei em toda uma tradição francesa que vai de Marivaux a Rohmer, por exemplo, pela leveza e ao mesmo tempo seriedade com que abordam o tema do amor, os jogos do amor e da sedução. Um jovem vive à custa da fortuna do tio e recusa casar-se e deixar essa vida de solteiro. Ele aposta com o tio em como a moça que o tio lhe propõe como noiva vai deixar-se seduzir por ele em menos de oito dias, o que provará que uma vez casada ela vai traí-lo em pouco tempo. Esta peça pertence ao género "proverbe dramatique", pois desenvolve o provérbio «Il ne faut jamais être trop sûr de soi et du lendemain». A produção que vi do Théâtre du Nord-Ouest, encenada por Monique Beau-Frére, é brilhante. Não senti o tempo passar e a peça não parece ter os quase 200 anos que efetivamente tem. Voltaria a vê-la com prazer. Paris 12.2015 TNO 4/5

Cairn (Enzo Corman, 1997)

CAIRN (2003) Les Éditions de Minuit 2003 Leituras 2025